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reflexões sobre a obra, o lar e o chá do bernardo

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Em poucos dias vamos completar 20 meses de sobrado.

Nosso plano inicial era de 15 meses.

Nem preciso comentar como isso tudo é muito frustrante. Temos a imensa ansiedade de mudar, os gastos com aluguel e condomínio e também as coisas que ficam pendentes, do tipo “pra que vou organizar esses armários cheios de tralhas/gavetas cheias de papel/box entulhado de coisas de bebê se vamos nos mudar em 30 dias e terei que arrumar tudo pra fazer a mudança?”.

Só que daí os 30 dias viram 60, que viram 90 e assim por diante, e quando você vê está mergulhada numa zona sem fim, numa casa cheia de gambiarras e improvisos e bagunça e caixas e móveis e eletrodomésticos que você comprou pra casa nova mas que não podem ser levados pra lá.

Tento não olhar muito e não pensar muito, senão entro em pânico.

E vamos vivendo essa expectativa de nos mudarmos nos próximos 30 dias. E apesar de parecer que dá, a gente já levou tantos baldes de água fria que fica difícil acreditar, mas vambora, nova data prevista: 30 de outubro.

Este endereço onde moramos hoje nunca teve cara de “nossa casa”. Não é por ser alugado, não, mas é que a gente já se mudou pra cá pensando em ir embora. Era pra ser provisório, e apesar de estar demorando bem mais do que a gente imaginou, ainda é só um canto pra gente morar enquanto a nossa casa não fica pronta.

Só que claro, onde se vive, se sente, não é?

E se constrói lembranças. Afinal, tanta coisa linda aconteceu aqui.

Principalmente em relação às crianças, já que o Matias nasceu enquanto moramos nesta casa, e viveu todas as etapas da sua vida de até agora, 1 ano e 5 meses, por aqui.

E a Malu cresceu e floreceu nesta casa, descobrindo um mundo incrível e nos mostrando cada descoberta através dos seus olhos e da sua imaginação. Um encanto.

E tem também as lembranças tristes, porque também passamos maus bocados enquanto moramos aqui.

Perdemos a nossa Cleo, vimos a Lola passar alguns momentos de saúde bem críticos, as crianças ficaram bastante doentes nos dois invernos que passamos aqui, muitas vezes os dois juntos, (quando não nós quatro juntos) muitas noites e dias difíceis, idas ao pronto socorro na madrugada, e muito, muito, muito stress e ansiedade relativos à obra e a todos os seus detalhes. Enfim, coisas não tão legais de se lembrar.

E por mais que, se a gente não precisasse vender a nossa ex-casa pra ter dimdim pra construir a nova, a gente com certeza teria ficado morando por lá mesmo até a casa nova ficar pronta, esse cantinho aqui sempre será uma parte bem importante da nossa história, sempre será lembrado com carinho, por tudo o que significou pra nossa família.

E teve uma coisa muito, muito legal que aconteceu, e só aconteceu porque a gente se mudou pra cá. E isso já faz com que essa mudança toda, e todas suas conseqüências tenham valido a pena.

Aqui, neste condomínio, fizemos amigos muito especiais e muito queridos, um casal que mora exatamente em frente à nossa casa, e tem uma filhinha pouco mais nova que a Malu.

Eu e a Betsy, a mulher da casa, fomos nos conhecendo, em nossos encontros casuais no playground, que fica exatamente entre as duas casas, e encontrando muitas coisas em comum, e muitas diferenças também, e o vínculo chegou pra ficar.

As meninas também foram se aproximando, até criarem um laço muito bonito, a ponto de a Malu dizer que a Isabella é sua melhor amiga.

E o mesmo aconteceu com os maridos também.

Nós todos nos conhecemos quando eu estava grávida do Matias, e eles acompanharam bem de perto o primeiro ano de vida do pequeno, e exatamente no dia do aniversário dele, a Betsy me contou que estava grávida de novo.

E quem vai chegar em breve é o pequeno Bernardo! :)

E eu disse desde o começo que queria ajuda-la com o chá de bebê, já que a Betsy é uma pessoa muito querida, a família dela não é daqui, e eu acho que chás de bebê sempre devem ser organizados pela família ou pelas amigas da gestante, e que deve-se deixar o mínimo de trabalho possível pra futura mamãe.

Só que aí, tudo aconteceu ao mesmo tempo, né? A obra pegando fogo, a alergia da Malu bombando, o Matias mais tempo dodói do que bom, e o chá do Bernardo.

Mas mesmo sem ter o tempo que eu gostaria pra me dedicar ao chá, consegui fazer uma decor que apesar de simples ficou bem linda.

Usei as mesmas cores do quarto que está sendo preparado pra ele: azul marinho, cinza, branco e um toque de amarelo, e achei que a decoração ficou sofisticada com essa paleta de cores.

Tivemos um imprevisto, com os doces, já que a cor de alguns dos doces veio errada, com azul turquesa ao invés de marinho, e o bolo, que era pra ter como decor duas linhas de chevron prata, acabou tendo um zig-zag completamente torto de azul turquesa também.

Mas, o que não tem remédio, remediado está, e tivemos que usar os doces e o bolo da forma que estavam mesmo.

Apesar disso, acho que ficou tudo muito bonito, quer ver?

Então vamos começar, já que o papo aqui foi longo hoje. ;)

Na entrada, um vaso de astromélias brancas e as lembrancinhas (alfajores embaladinhos lembrando a origem da mamãe, que é argentina). No alto pompons e uma grinalda com recortes de papel com tema baby.

O salão, que vocês devem lembrar do aniversário de dois aninhos da Malu.

Nas mesas, toalhas brancas e garrafinhas reutilizadas servindo de vasinhos de flores.

Pintei a base das garrafinhas nas cores da festa, pra dar um charme.

Essa é definitivamente minha tag preferida, entre todas que criei até hoje.
A silhoueta da grávida é tão linda, e tem o recorte até dos cílios. E o nome do Bernardo, separado em sílabas, vazado e com o arremate do coração, achei que ficou encantador (tá, um pouco de modéstia caía bem, mas eu amei mesmo).

Na parede entre as duas grandes portas-janela, uma roupinha do Bernardo e um pompom.

Na área lounge os pompons azuis e mais garrafinhas.

No bar, onde foram servidos os crepes doces e salgados, também havia uma grinalda com recortes de papel, só que menorzinhos. E mais um vasinho e outra roupinha do Bernardo.

E a mesa de doces, que também tinha um belo vaso de astromélias brancas (as flores preferidas da mamãe do Bernardo), pratarias antigas, roupinhas lindas do Bernardo, o banner com seu nome e mais pompons.

Uma pena essa tentativa de chevron ter sido tão desastrosa, e as cores também não corresponderem com o que encomendamos.
A gente até brincou que a festa ficou meio que “50 tons de azul”.

Olha o charme do pratinho de prata:

Pra dar uma tapeada nos espelhos atrás da mesa, que eu não gosto, coloquei duas roupinhas.

Os pompons, dessa vez prendi com fita de cetim, pra ficar aparente mesmo, e o banner foi feito com 10 bandeirolas de 3 camadas.

As tags dos docinhos eram de pezinhos vazados, cegonha, carrinho de bebê e a letra B.

E à noitinha, faltando menos de uma hora pra festa começar, chegou uma surpresa linda, de uma amiga da Betsy de São Paulo, que fez, com todo carinho, biscoitos caseiros decorados no tema e cores do chá.

Uma linda demonstração de amor, né?

O chá foi uma delícia, os crepes super saborosos, espumante rolando solto, conversas animadíssimas que invadiram a madrugada.

Com certeza o Bernardo será recebido neste mundo com uma dose altíssima de alegria e amor, da sua família e de tantas pessoas queridas que o esperam com os braços abertos.

E principalmente de sua linda mamãe. :)

Ah, e dessa vez não vou esquecer de mostrar o convite:

E foi assim. :)

Nem vou ficar fazendo promessas de voltar logo, porque daqui até a mudança estar concluída, não consigo planejar nada.

Mas quando der, eu volto sim. Estou cheia de idéias e projetinhos pra mostrar (incluindo dois quartos lindos de criança).

Uma linda semana!

Lahna :)



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