Quando eu engravidei pela primeira vez, lembro que achei estranho como algumas mulheres (todas mães) com quem eu não tinha muito contato ficaram empolgadas com a minha gestação e com o nascimento da minha gatinha.
Mas depois que a Malu nasceu, eu também comecei a sentir um interesse enorme por toda gravidez e todo nascimento que acontecia por perto, mesmo se meus laços com a futura mamãe não fossem muito estreitos.
Acho que existe algo que conecta todas as mães do mundo (ou quase todas), como um sentimento de carinho, de compreensão e solidariedade. Parece que, mesmo não sabendo muito bem o que acontece na vida daquela família, é possível compreender muitas coisas que se passam no coração de uma nova mãe.
Então dá pra imaginar o que senti quando uma das minhas grandes amigas ficou grávida!!!
Do meu grupo de amigas mais queridas, eu fui a segunda a ter bebê.
A primeira foi a Vanessa, mas ela teve a Valentina lá na Argentina, então não pude participar tão ativamente quanto gostaria.
E depois que eu virei mãe (e essa conexão com todas as mães do mundo brotou em mim) ainda demorou mais de dois longos anos até a Kantsi engravidar da pequena Betina.
Tive que me conter (e ainda tenho) pra não bombardea-la com tudo o que eu aprendi com meus dois filhotes, pra não sair “ensinando” e enchendo de “conselhos” a mais nova mamãe, já que, se teve uma coisa que aprendi, foi que cada mãe é única e cada bebê é único, e que não existe nenhuma dica infalível, nenhuma verdade absoluta quando se trata de trazer ao mundo, conhecer, amamentar, acalentar, ensinar e amar um filho.
Mas me empolguei sim, fiquei animadíssima, não sei se consegui me conter tanto assim nos “ensinamentos”, separei uma tonelada de roupas e coisas de grávida e tralhas de bebê pra passar pra ela, e, como não podia deixar de ser, ajudei na decoração do chá de bebê da Betina (e foi o primeiro desde que comecei a fazer craftices).
Mas dessa vez não fiz tudo sozinha. Muitas coisas tem o toque carinhoso da Kantsi.
Foi ela quem escolheu os papéis, quem fez os pompons, quem decidiu as cores, as flores e as lanternas e providenciou muuuitas outas coisas.
Olha só o resultado do nosso trabalho em equipe:
Betina também ganhou um anjinho da guarda. :)
Alguns detalhes deram um clima bem provençal à mesa.
As tags dos doces tinham a letra B, cegonhas, alfinetes de segurança e coraçõezinhos.
O banner tinha cinco camadas e mais alguns apliques.
Os guardanapos combinavam com as cores da decoração.
Como não consegui uma imagem de ecografia da Betina, coloquei a foto da mamãe no porta retratos.
E usando a idéia da minha irmã Lu, que organizou meus dois chás de bebê, fiz meu primeiro bolo de fraldas.
Também seguindo as idéias da minha irmã, fiz um album para as convidadas deixarem recados para a mamãe de primeira viagem, e nas páginas iniciais coloquei alguns textos e fotografias.
Essa frase “To the world you may be one person, but to one person you may be the world” (Para o mundo você pode ser uma pessoa, mas para uma pessoa você pode ser o mundo), minha irmã colocou nos meus dois álbuns, e até hoje, toda vez que eu leio me emociono demais. Porque como é verdade que um bebê que acabou de nascer, que pro mundo nada mais é do que mais uma pessoa no meio de 7 bilhões, pode significar o mundo pra sua mãe, né? :)
Nas mesas, alguns confetes de coração, feitos com as sobras de papel.
E vasinhos de flores (garrafinhas de suco reaproveitadas) com tags de pezinhos, cegonhas, letras B, corações e alfinetes.
Nas paredes, fizemos varais com as roupinhas da Betina.
E claro, os pompons de papel de seda estavam lá, né?
Acho que ficou bem lindo, bem doce e feminino. E a Kan estava linda, radiante e feliz.
E olha, a Betina é uma bebê muito sortuda, viu? A mamãe dela é tranquila, dedicada e carinhosa.
Tenho certeza de que essa bebezinha vai ser muito amada!
Lahna :)